A vigilância natural do espaço define-se por facilitar a percepção visual do entorno da edificação - ou espaço urbano - por seus ocupantes e também por pessoas que estejam apenas de passagem no local. A expressão “ver e ser visto”, muito utilizada por Jane Jacobs, resume adequadamente o conceito.
Quando se trata da segurança da comunidade e de imóveis individuais, vigilância natural (ou passiva) significa que o delinqüente vai evitar agir em locais movimentados e apropriados pela população em função da sua tendência natural de não querer ser observado durante a ação.
Esse conceito pode ser aplicado desde o planejamento de espaços públicos como praças e ruas até a edificação propriamente dita. Quando se posiciona, por exemplo, o balcão de recepção de um edifício residencial de frente para a porta de entrada, sem barreiras visuais e itens que provoquem distração, tem-se boa eficiência no trabalho do porteiro ou segurança em controlar o acesso de pedestres.
Na ausência de porteiro seria simples utilizar o seguinte sistema: grades vazadas posicionadas no alinhamento predial (permitem que o morador enxergue quem está no portão) combinadas com interfone direto aos apartamentos; nestes, o aparelho deve ficar em local de onde é possível avistar o portão de entrada para evitar a liberação de acesso às cegas.
Também é imprescindível criar diversas janelas voltadas para a frente do edifício, pois a presença desses “olhos para a rua” provocam no delinqüente a sensação de estar sendo observado. Estudos comprovam que edifícios, casas e comércios que possuem fachadas “cegas”, impedindo os ocupantes de saber quem se aproxima, são as vítimas favoritas da ação criminosa.

quinta-feira, 5 de março de 2009
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