Faz tempo que estou devendo a publicação da Cartilha de Segurança nos Municípios, que está disponível na íntegra no site Antidelito.net. Faça o download aqui.
A arquiteta Simone Dias contribuiu com todas as ilustrações do miolo e a autoria do texto é do Cel. da PMPR Roberson Bondaruk.

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quinta-feira, 1 de abril de 2010
sexta-feira, 20 de março de 2009
Muros, grades e cercamentos: Evitando Erros Comuns
Apesar de considerarmos importante a escolha de materiais resistentes para a construção do cercamento de uma propriedade, o fator determinante do nível de segurança resultante da instalação da contenção é certamente a dificuldade que a barreira física impõe para ser escalada. Em um passeio pelos bairros das cidades é comum observar propriedades (residências, principalmente) onde o próprio desenho dos gradis facilita a escalada e invasão, mesmo quando a altura da grade ou muro é elevada e arrematada com lanças afiadas. Nos portões de ferro é comum o emprego de elementos horizontais que formam uma “escada” facilitadora de invasões.
Outra situação comum é o encontro entre o gradil e o muro lateral da propriedade, onde a presença da caixa de leitura de consumo de energia forma um degrau que serve de apoio tanto à entrada quanto à saída do delinquente.
Geralmente este ponto vulnerável põe a perder toda a proteção da propriedade e leva o morador a acreditar que deve investir mais dinheiro acrescentando cercas elétricas, câmeras e concertinas no perímetro do terreno, sem perceber onde realmente está comprometendo a sua segurança. Não pretendo, contudo, negar a eficácia dos sistemas ativos de segurança patrimonial; quero afirmar que a correção e melhora da Segurança do imóvel deveria passar por análise e planejamento para detectar a real causa da vulnerabilidade antes de passar ao investimento material. Transformar o perímetro de sua residência em uma fortaleza NÃO irá aumentar a sua segurança efetiva e irá, definitivamente, custar caro e deixar sua fachada mais feia.
Cercar uma propriedade também deve levar em conta a formação de barreiras visuais entre o espaço interior (privado) e o exterior (espaço público). Prevalece entre os proprietários de imóveis (aqui me baseio em observação de casas nos bairros de Curitiba) o conceito de que um muro bem alto oferece mais segurança ao morador. Uma pesquisa realizada em 2006 pelo Cel da Polícia Militar do Paraná Roberson Bondaruk procurou entender as preferências dos delinquentes com relação ao tipo de contenção mais atrativo para a realização de uma invasão ou furto qualificado. O questionário, aplicado a indivíduos detidos pelos crimes acima citados, demonstrou que 71% dos ladrões preferem invadir residências com muros altos contra 29% que preferem grades de mesma altura.
Outra situação comum é o encontro entre o gradil e o muro lateral da propriedade, onde a presença da caixa de leitura de consumo de energia forma um degrau que serve de apoio tanto à entrada quanto à saída do delinquente.


Ao serem questionados sobre sua preferência, 54% explica que o muro oculta melhor a ação de observadores e 24% alega que esse tipo de contenção facilita a transposição.
Esta pesquisa demonstra, claramente, que o contato visual entre espaço público e privado é determinante para o aumento da Vigilância Natural e, consequentemente, da segurança do imóvel.
terça-feira, 3 de março de 2009
Próximos Assuntos...
- Vigilância Natural: Conceitos.
- Muros, grades e cercamentos: evitando erros comuns.
- Cartilha de Segurança Pública: parceria Defenda + Polícia Militar do Paraná.
- Sistemas Organizados de Segurança: CFTV, sistemas "ativos" + "passivos". Por que utilizá-los?
- Controle de Acesso: por que é tão importante?
- Edifício residencial: uma Recepção mais segura.
- Reforço Territorial: o papel da Comunidade no aumento da Segurança.
- O papel do Hotel Tecnológico da UTFPR no desenvolvimento da empresa.
- O Comércio e o CPTED: resolvendo o layout de uma loja com Segurança.
segunda-feira, 2 de março de 2009
O que é CPTED?
CPTED é a sigla para Crime Prevention Through Environmental Design ou a Prevenção do Crime Através do Desenho Ambiental.
Trata-se de um conjunto de estudos bastante difundido em países de língua inglesa que orientam os profissionais do planejamento urbano e construção civil criando uma cultura de co-responsabilidade pela Segurança entre o autor do projeto, o proprietário da obra (comercial, residencial e institucional) e a comunidade. Esta co-responsabilidade reflete diretamente no design da edificação ou do espaço público.
Projetar uma edificação melhorando o nível de segurança – ou reduzindo a oportunidade do crime – não significa construir fortalezas ou bunkers, mas desenvolver no profissional de Arquitetura a capacidade incorporar os três princípios básicos do CPTED no desenho da edificação: Vigilância Natural, Controle de Acesso e Reforço Territorial.
Trata-se de um conjunto de estudos bastante difundido em países de língua inglesa que orientam os profissionais do planejamento urbano e construção civil criando uma cultura de co-responsabilidade pela Segurança entre o autor do projeto, o proprietário da obra (comercial, residencial e institucional) e a comunidade. Esta co-responsabilidade reflete diretamente no design da edificação ou do espaço público.
Projetar uma edificação melhorando o nível de segurança – ou reduzindo a oportunidade do crime – não significa construir fortalezas ou bunkers, mas desenvolver no profissional de Arquitetura a capacidade incorporar os três princípios básicos do CPTED no desenho da edificação: Vigilância Natural, Controle de Acesso e Reforço Territorial.
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